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Pádua Fernandes sobre PENSAR DEPOIS NO CAMINHO de Alberto Pimenta

Escrito em 21 de dezembro de 2018

«Quando um escritor da dimensão de Alberto Pimenta lança livro novo, sobram motivos de júbilo não apenas para o meio literário português, ou para o lusófono, mas para todos os falantes da língua: pois ele, o autor, a amplia, a renova, quando renova a si mesmo. E é o que continua a fazer, depois de ter completado oitenta anos de vida, ao lançar o volume Pensar depois No caminho (Lisboa: Edições do Saguão, 2018).
Neste ano, foi lançado o genial filme de Edgar Pêra, “O Homem-Pykante – Diálogos com Alberto Pimenta” (em Portugal, em maio; no Brasil, foi exibido em outubro), que trata do performer, artista plástico, professor, escritor, todas essas atividades de Pimenta. Este livro não entrou no filme, mas ouso dizer que ainda ampliaria o retrato cinematográfico do autor, se tivesse havido tempo para tratar desta nova publicação.

Pensar depois começa com uma cosmogonia satírica, que parte dos deuses greco-romanos e do deus e do diabo cristãos. O tempo é algo mascado por deus, um chiclete

Chegam as transações mercantis, a moeda, depois o capitalismo e o uso dos combustíveis fósseis. Nesse momento, No caminho surge: "rumo a este mundo n ovo", com "o verbo f eito verba" e uma assembleia geral de acionistas, recheado de textos estatutários de sociedades anônimas. Ele é mais abertamente experimental do que o outro livro, em razão dos procedimentos de colagem e da espacialização dos versos e das palavras.
Os dois livros, separados ou juntos formando um terceiro, marcam-se, evidentemente, pelo anticapitalismo. Neste volume, o capital explodirá, mas não contaremos como.

Pádua Fernandes— O Palco e o Mundo