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East Ending, Eduardo Brito

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Título: EAST ENDING

Autor: Eduardo Brito

"East Ending: um livro que a partir de um conjunto de factos e confabulações que recentemente me aconteceram em Londres, trata de uma obsessão minha pelas histórias de Jack the Ripper, Sherlock Holmes e algumas das suas representações no teatro e no cinema. Contém fotografias, gravuras e referências a Alfred Hitchcock, Michael Caine bem como a médicos e suspeitos portugueses." – Eduardo Brito (http://www.eduardobrito.pt/sobreabout.html)

Paginação:  Ana Resende

Revisão: Mariana Pinto dos Santos e Rui Miguel Ribeiro

Pianola, 18

Tiragem de 300 exemplares

Dezembro, 2017
ISBN 978-989-99710-1-1

«Às 9h57 da manhã de 2 de Novembro de 2017, na estação de comboios de Dalston, em Londres, um homem andava sobre os carris. Ninguém, incluindo eu, foi ca- paz de se aproximar dele ou de lhe dirigir qualquer palavra. Antes ali ficámos, espectadores ordenados, à espera que alguém competente fizesse o que lhe competia – interpelar o passageiro ou mandar parar a circulação. O indivíduo insultava pessoas e instituições, maldizia o mundo em que vivemos e alinhava frases e palavras sem sentido aparente, das quais registei esta, “I feel like John Pizer”. Isto porque John Pizer foi um dos primeiros suspeitos dos crimes atribuídos a Jack the Ripper, em 1888. Whitechapel, o local onde o assassino actuou, ficava ali perto. E enquanto o passageiro caminhava na linha, eu pensava em Pizer: sapateiro, de origem polaca, judeu, tido como violentador de mulheres. Após os assassina- tos de 31 de Agosto e de 8 de Setembro, alguns jornais escreveram que a polícia procurava um homem com a alcunha de Avental de Cabedal, identificado por várias mulheres como o possível autor dos crimes hediondos. Um homem de olhar sinistro, pescoço curto, sempre de faca. Pizer, o alcunhado, chegou mesmo a ser detido, depois de se ter refugiado em casa do irmão para esca- par à fúria popular que lhe cercava a porta. Apresentou como álibi o facto de, na noite do primeiro crime, ter estado a ver um fogo de dimensões consideráveis que deflagrara nuns armazéns das Docas de Londres e que nessa mesma altura trocara impressões com um polícia: “passei em direcção a Highgate; vi o reflexo de um incêndio no céu”. Thomas Atkins, agente de 23 anos, confirmou o encontro, bem como a história que o East London Advertiser descreveu na sua edição de 1 de Setembro de 1888, qualificando o incêndio como “imponente, na gigantez das docas secas, repletas de bens de incalculável valor, armazenados em grandes edifícios de ambos os lados, junto de embarcações adormecidas”, e cujo combate, levado a cabo por bombeiros, polícias e funcionários das docas, foi “assistido por uma multidão que se reuniu nas imediações, espantada com o avanço do fogo, visível à distância na noite”.»