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Os nadas de Emily Dickinson, Maria Irene Ramalho

Os nadas de Emily Dickinson, Maria Irene Ramalho

Escrito em 21 de outubro de 2020

Em boa hora a Saguão deu a lume os Poemas envelope de Emily Dickinson (Julho de 2020).  Quando, em 2012, a New Directions publicou o grosso e pesado volume intitulado Emily Dickinson, The Gorgeous Nothings, o mundo académico e artístico rejubilou. As reacções de poetas, artistas e especialistas de poesia, em geral, e da obra de Emily Dickinson, em particular, não se fizeram esperar. Marjorie Perloff imediatamente lhe chamou o seu “livro do ano”. Como disse a poeta e privilegiada leitora de Dickinson, Susan Howe, que aliás escreveu um belo prefácio para o livro, The Gorgeous Nothings é, em si ... Ler mais
FALEMOS DE CARTAS, José Tolentino Mendonça, Revista E do Semanário Express

FALEMOS DE CARTAS, José Tolentino Mendonça, Revista E do Semanário Express

Escrito em 17 de outubro de 2020

NA VERDADE, UMA CARTA NÃO SE RESUME À MENSAGEM ESCRITA, E ISSO É TAMBÉM A SUA RIQUEZA. TUDO NELA É MENSAGEM   Numa das mais fascinantes cartas da literatura portuguesa, aquela que Fernando Pessoa escreve a Adolfo Casais Monteiro explicando a génese dos seus heterónimos, há duas informações marginais que certamente não passam despercebidas a quem valoriza a prática epistolar. Pessoa começa por desculpar-se por não ter à mão um papel melhor do que aquele de cópia em que escreve ao seu correspondente. E mais à frente, num parêntesis autoirónico sobre a forma como o seu discurso se deixava continuamente ... Ler mais
Emily Dickinson, a deusa das pequenas coisas

Emily Dickinson, a deusa das pequenas coisas

Escrito em 26 de setembro de 2020

Transeunte anónima no século XIX, poeta genial descoberta no século XX. Entre os milhares de coisas que nos legou estão poemas escritos em envelopes velhos que a Saguão edita num livro artístico. [...] Nas cartas que enviava, ou não assinava o seu nome ou assinava num cartão à parte. Como se essas missivas não lhe pertencessem, mas sim ao que chamava “uma pessoa suposta”, recusando e questionando, assim, toda a ideia de autoria e autoridade que hoje se tornou uma marca feita a ferro e fogo na pele do meio artístico: o nome próprio ostentado com foguetes. Também recusou sempre publicar ... Ler mais